“A justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o direito, e na outra, a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do direito” - Rudolf Von Ihering



segunda-feira, 4 de maio de 2009

EU TENHO UM SONHO

EU TENHO UM SONHO


Vários motivos me levaram a optar pelo curso de Direito, mais exclusivamente um “SONHO” em contribuir para uma sociedade melhor e também devido a sua imensa ligação com os problemas sociais. Tendo em vista que o homem, desde o seu nascimento e durante toda sua existência, fará parte sucessivamente de diversas instituições e sociedade, pois o conceito mais claro que se têm quando se fala em direito é que; “Direito são normas coercitivas que regem a sociedade”.
Sendo que sociedade consiste em um elo entre várias instituições. Portanto, a primeira sociedade natural nesta hierarquia é a família, que nos alimenta, protege e “educa”. Foi exatamente pensando nesta educação que recebi de minha humilde família, embora dentro da realidade em que eles viviam, procuraram sempre me dar o melhor que eles pudessem e alimentaram o meu “SONHO” de que eu concluísse um curso de nível superior, pois eles não tiveram essa mesma chance.
Meus pais me ensinaram que se eu quisesse concretizar esse “SONHO” e ter uma posição social melhor, eu teria que seguir o exemplo da água, pois a água atinge seu objetivo porque sabe sobressair em qualquer situação.
E assim então eu optei em estudar ciência do direito, pois desta maneira, eu conseguiria realizar vários “SONHOS” de uma só vez, ou seja, os meus pais ficariam felizes, eu contente por ser único filho e também o primeiro da família a possuir diploma universitário, digo o primeiro da família de um modo geral, tanto do lado paterno quanto do materno, infelizmente, ninguém conseguiu este feito, e isso por diversos motivos entre eles o financeiro. E para finalizar a lista dos sonhos realizados, o fato de poder estar ajudando a sociedade.
Para que este “SONHO” pudesse ser concretizado, um novo desafio teria que ser encarado, ou seja, a preparação e aprovação no vestibular. O primeiro passo seria verificar quais matérias fariam parte desta avaliação, sendo que eu teria que estar muito bem preparado, pois a proporção de vagas em relação ao número de candidatos é pequena, mais eu estava certo da dificuldade que iria enfrentar, pois o sonho só estava começando.
Depois de muita preparação, chegou o grande dia, ou seja, o dia do vestibular, mais eu estava tranquilo, pois eu havia me preparado muito bem, apesar de que os outros candidatos também estarem, mais meu “SONHO” me fazia acreditar que seria bem colocado. Alguns dias depois, saiu o resultado. Para minha surpresa, fiquei entre os primeiros colocados.
O primeiro passo em busca deste objetivo, “SONHO”, foi vencido com muita garra e determinação, o próximo passo seria realizar a matrícula e dar sequência, melhor dizendo, dar início ao curso e procurar da melhor forma possível, absorver os ensinamentos do Professores que particularmente, são dignos de todo meu respeito e admiração.
No entanto, o “SONHO” ficava mais próximo, pois deu início ao ano letivo. A cada dia que passou no decorrer do primeiro ano do referido curso, meu encanto aumentava ainda mais, e isso se de por conta de vários motivos, entre eles; a dedicação dos professores, a convivência com novas pessoas, os trabalhos que serviram para aumentar o nível de conhecimento. Importante ressaltar que entre as matérias deste primeiro ano de curso, uma me chamou a atenção, ou seja, CIÊNCIA POLÍTICA, pois o professor nos explicou que teríamos que entender bem essa matéria porque ela daria sequência a TEORIA GERAL DO ESTADO e depois DIREITO CONSTITUCIONAL, sendo que este referido professor desde o primeiro dia de aula em uma excelente explanação deixou claro que CONSTITUIÇÃO FEDERAL é nossa lei maior, portanto DEVE ser respeitada e que qualquer norma que estiver contra, essa norma é inconstitucional.
Já nas primeiras provas depois de muitas explicações dos dedicados professores, também veio a recompensa, digo recompensa pelo fato de que não só eu, mais a maioria dos colegas de classe que trabalham o dia todo e durante a noite vai para a faculdade, não dispõe de muito tempo para estudar, sendo que o estudo para as provas fica por conta dos finais de semana e depois das aulas, ou seja, no meu caso sempre após as 23:30h, mais vale a pena, pois todo esforço é válido na conquista de um “SONHO”.
As notas foram satisfatórias, pois a alegria que sentia a cada nota recebida, eu transmitia para a minha família que também compartilhavam comigo deste momento de felicidade. Aumentava ainda mais a minha motivação “SONHO” com relação ao tão querido curso de direito.
Outra constatação importante em relação a esta alegria é o fato de poder estudar em uma faculdade na cidade onde resido e que é uma cidade típica do interior, com um índice populacional pequeno por volta de 45.000 ou 50.000 mil habitantes. São poucas as cidades com este índice de populacional que dispõe de uma faculdade conceituada quanto esta. Para mim é motivo de orgulho, pois sou filho desta terra na busca da realização de um “SONHO”.
No meu caso, que ingressei na faculdade depois de casado, tendo que conciliar estudo e família sendo que tenho dois filhos adolescentes e que necessitam de atenção especial, não é fácil. Mais o meu objetivo “SONHO” tem que ser alcançado, pois houve toda uma programação para que o este objetivo futuramente possa ser alcançado.
Enfim, passei pelas provas do primeiro bimestre sem dificuldades, mais um importante passo em relação ao meu “SONHO”, pois valeu a pena perder noites de sono. Vieram as férias, um tempo livre para a prática de literatura, pois ninguém é de ferro para suportar somente os livros específicos do curso. É hora de relaxar, ler um pouco de romance, ler também o saudoso e reverenciado Rui Barbosa com mais tranqüilidade, assistir os clássicos do cinema mundial e curtir a família, já que durante as aulas fica um pouco mais dificultoso.
Infelizmente, as férias chegaram ao final, é hora de recomeçar as atividades escolares, passar por mais essa etapa em busca da realização do “SONHO”. Início do segundo bimestre, algumas novas matérias, sequências de outras, a luta continua, serão mais alguns longos meses de estudo intenso para fazer valer a mensalidade paga com tanto sacrifício. Algumas matérias são de difícil assimilação, é necessário um esforço extra para poder entender. Cabe ressaltar, a prestatitvdade dos Senhores professores quando solicitados com relação às matérias e até outros pontos que não faziam parte de suas respectivas disciplina, sendo que todo esclarecimento sempre era dado da melhor maneira possível. Alguns humildemente quando tinham dúvidas, pediam tempo para poder pesquisar e trazer para a classe o melhor entendimento possível.
Mais como o tempo não para, vem se aproximando o fim do segundo bimestre, ou seja, sinal de que vem mais prova por ai. Uma semana antes da provas finais, o professor faz uma revisão da matéria abordando os pontos cruciais que merecem toda atenção, pois pelo que a classe percebe, vai cair na prova. Chegou a semana das mencionadas provas, eu devido a problemas de ordem financeira não estava conseguindo uma total concentração nas noites de estudo. Algumas ameaças rondavam o meu “SONHO”.
Infelizmente isso se refletiu no meu desempenho, fiquei de exame de duas matérias, mais o “SONHO” de concluir o curso tão querido, não se acabou. Pedi alguns dias de descanso no trabalho com a finalidade de me preparar melhor para o exame destas matérias. Para a felicidade geral da nação depois de muito empenho consegui a nota que me faltava e conclui o primeiro ano do meu sonhado curso de direito.
Portanto, além da alegria de ter conseguido passar depois de um período turbulento pelo qual passei agora a prioridade é fazer a rematrícula descansar e se preparar para o segundo ano, sendo que o “SONHO”, ainda não se realizou, mais a ansiedade para que este segundo ano comece logo, é grande. Tendo em vista que o contato com as leis será ainda maior neste período, pois o primeiro ano além de ser uma novidade e também maravilhoso, teve muita teoria, mais pelo que nos foi passado e podemos observar através da grade curricular que as matérias específicas seriam aquelas por decisão do “MEC”.
Como futuros operadores do direito, aprendemos que devemos respeitar as nossas leis, pois sendo a grade curricular uma decisão do “MEC”, compete a mim simplesmente acatar, pois é competência da UNIÃO. Pois bem, teve início então o segundo ano do curso tão esperado por mim, mais um grande passo em direção do meu “SONHO”, os colegas são praticamente os mesmos. Já no primeiro dia de aula, a professora nos passou um trabalho de pesquisa, que por sinal, muito importante. Sendo que ela concedeu um prazo longo para a entrega do mesmo, sendo que se tratava da colisão entre direitos fundamentais.
E assim sucessivamente, todos os professores passaram trabalhos além de muita matéria, muitos livros a serem lidos. Foi, portanto em uma destas pesquisas que li um artigo escrito pelo Profº e Dr. FERNANDO MACHADO DA SILVA LIMA- Universidade da Amazônia – (Unama), onde o tema era a inconstitucionalidade do exame da “OAB”, que por sinal, tem destruído muitos “SONHOS”, sendo que a partir deste fato, passei a conciliar o estudo juntamente com frequentes pesquisas a esse respeito onde também por meio deste, pude conhecer outras pessoas dedicadas nesta causa, entre eles o MNBD- movimento nacional dos bacharéis em direito – nome de fantasia da Organização de Acadêmicos e Bacharéis do Brasil – OABB
Sendo que este MNBD é um movimento organizado, com registros públicos lavrados em Brasília/DF, com sede nacional, com CNPJ nº 09.582.855/0001-42, com representações estaduais autônomas e interligadas ao comando nacional, tendo o Dr. Fernando Machado Lima, residente em Belém no Pará como Presidente de Honra (site: www.profpito.com).
Como exposto acima, a faculdade que optei em estudar, dispõe de professores do mais alto nível e que procura oferecer a melhor formação para os acadêmicos, sendo que o referido exame não me amedronta porque estou sendo muito bem preparado. Mais depois de pesquisar sobre esse assunto, passei a fazer algumas observações. O que será das noites de sono perdida por aquele professor que preparou com carinho a matéria de CIÊNCIA POLÍTICA, TEORIA GERAL DO ESTADO e DIREITO CONSTITUCIONAL e que nos dizia que CF DEVE ser obedecida? O que dizer ainda sobre a forma com que esse exame discriminatório foi introduzido? Querem acabar com o “SONHO” de muita gente.
Dentro deste contexto, esta se desenvolvendo a minha história acadêmica, sendo que como exposto em alguns parágrafos acima, eu ainda estou no segundo ano do referido curso e uma longa jornada terei que percorrer em busca do meu “SONHO”, agora tendo um pouco mais de contato com as matérias específicas, já tenho um pouco mais de noção no que se refere às várias aberrações cometidas por parte dos dirigentes da “OAB”.
É com muito orgulho que tenho o prazer de se unir com colegas como Reynaldo Arantes, presidente Estadual do MNBD e Dr. Fernando presidente de honra e muitos outros inúmeros colegas que ainda não tive o prazer e honra de trocar informações e que também são bravos lutadores em prol desta causa que já atinge milhões de profissionais impedidos de trabalharem por conta de uma minoria que ainda estão ditando algumas regras, mais isso vai mudar!
Olha só o que diz Gleibe Pretti
Advogado. Professor Universitário e preparatórios para o exame de ordem e concursos públicos. Mestrando em direitos difusos e coletivos. Autor das obras direito do trabalho, prática do trabalho e resumão de processo do trabalho, todas pela editora Barros e Fischer. prof.gleibe@yahoo.com.br

Jornal Carta Forense, terça-feira, 3 de março de 2009
http://www.cartaforense.com.br/Materia.aspx?id=3633
Exame de Ordem Análise da 2ª Fase – Trabalho.

O presente texto tem o objetivo de demonstrar ao candidato como foi a última prova da OAB da 2ª fase em direito do trabalho.
O examinador, mais uma vez, perguntou o que não deveria ser perguntado.
O que quero dizer?
Na maioria das cidades do estado de São Paulo, o ponto sorteado foi o de numero 1, ou seja, os embargos para a SDI, ou também embargos para o TST.
Minha pergunta: Quantas vezes um profissional já há muito tempo na área trabalhista, já advogado, fez esse recurso? Muitos vão dizer: nunca!
O que o examinador quis com esse problema? Filtrar o acesso de novos advogados no mercado, tendo em vista a aprovação em massa da 1º fase.
Como se percebe, este respeitado Dr. Gleibe reconhece que este exame é feito para barrar os acadêmicos, não serve para aferi nenhum tipo de conhecimento e é usado de forma criminosa para destruir “SONHOS” de pessoas lutadoras que adquiriram um amplo conhecimento no decorrer do curso e estão sendo vítimas da famosa “reserva ilegal de mercado” por parte da OAB.
Essa situação praticada por esse alto escalão da OAB me faz lembrar um trecho de uma música cujo compositor é Leonardo Vilhena interpretada por Lobão; “Mas o riso corre fácil enquanto a grana corre solta”.
Vou terminar, pois como relatei acima, só estou no início do segundo ano e pretendo com certeza escrever uma nova etapa ou um novo passo em relação a conquista do meu “SONHO”.

Sobre o autor, visite:
http://nilton-cezar.blogspot.com/

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