“A justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o direito, e na outra, a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do direito” - Rudolf Von Ihering



quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A força do diálogo

Seria por demais proveitoso se a maioria adotasse o diálogo para resolução dos conflitos que vez por outra nos acossa. Muitos descartam essa possibilidade. O diálogo somado à persistência, certamente, por assim dizer, traz grandes resultados.

Exemplo claro podemos observar na leitura de Gênesis, quando Abraão não perdeu oportunidade de dialogar com Deus e, assim, conseguiu, de forma espetacular, livrar os seus de um lugar onde Deus já havia decretado que iria destruir em razão dos atos lá praticados. (Gênesis 18:21 ao 33)

Pois bem. Ocorre que, na maioria das vezes, essa oportunidade em dialogar com nossos amigos (e, inimigos também!), objetivando encontrarmos soluções para inúmeros conflitos que nos cercam e que faz parte do nosso dia a dia não é aproveitada.

No exemplo sobredito, Abraão, heroicamente, não se acovardou e, insistentemente, confiou na força dos argumentos por ele apresentado. Resultado: conseguiu livrar os que lhe deram ouvidos.

À medida que as ocasiões nos forem (des)favoráveis podemos (e devemos) exercitar essa prática e, com isso, estaremos contribuindo, e muito, para solidificarmos um mundo melhor para vivermos.      

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ficha limpa e o coração sujo e cheio de más intenções...

Inúmeros questionamentos foram feitos com relação à famigerada Lei “ficha limpa!” Acompanhamos, há dias, que o STF adentrou madrugada para votar esse impasse sobre saber se a validade teria início já nesse pleito eleitoral.

Ao final da votação, empate cinco a cinco e o Ministro Cezar Peluso não contrariou os demais Ministros e, pelo visto, o impasse vai perdurar.

Diante disso e de uma inquietação que me deixa por demais consternado, pergunto: que diferença faz se a ficha do candidato está limpa mas o coração está transbordando de más intenções? 

E você, o que pensa sobre isso?

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Resta saber as notas

Desfrutando de um humor inigualável pelo fato de haver terminado as provas, hoje, minha preocupação é saber se esse humor permanecerá após tomar conhecimento das notas. Cabe ressaltar que, na classe, observa-se que há uma preocupação grande em saber quem obteve a melhor nota.

Sendo conhecedor de mim mesmo (pelo menos é o que penso!) sei que não devo me preocupar com isso. Aliás, certa feita conversava com o professor que me disse algo nessa nossa conversa paralela que, após corrigir as provas, ele, ainda que tente, não consegue lembra-se, por meio das notas, de todos os alunos.

Adiante, disse ele: só consigo lembrar, ainda que vagamente de dois alunos (as), quais sejam: o que obteve a melhor e pior nota.

Faz-se necessário, entretanto, só para sintetizar a ideia ressaltar que se os demais professores utilizassem a mesma técnica para lembrar-se dos alunos pós prova, eu diria, sem medo de errar, que nunca seria lembrado.

Tendo em vista nunca ter alcançado a melhor nota. Mas, não obstante, contento-me, e muito e também sou feliz por não obter a pior. Coisas da vida...    

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Há dez anos cometendo peculato.

Há anos trabalhei na Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo de onde pedi exoneração do cargo em razão do horário não ser compatível com horário dos estudos.

Lá, infelizmente, durante minha passagem, presenciei muitos crimes ocorridos contra o “erário público!” Por demonstrar meu descontentamento com tais atitudes, acabei me tornando alvo predileto daqueles cuja preocupação concentra-se somente no bem-estar dos que estão do portão para dentro de suas residências.

Para romper o paradigma de que o “Estado só tem poder de gerar injustiças, ao custo furtar os que trabalham,” levei ao conhecimento (via e-mail) do Ministério Público que instaurou o Inquérito Civil Protocolo Nº 001/2.009. 

Quando os envolvidos foram intimados, apresentaram defesa e vários documentos que levaram o MP optar pelo arquivamento da denúncia por mim feita. Não mais no serviço público resolvi ir adiante.

Novamente, até ser atendido, enviei inúmeros e-mails para o corregedor da Secretaria do Meio Ambiente que acabou abrindo PAD (processo administrativo disciplinar).

Assim, quarta-feira (22) do mês corrente fui ouvido como testemunha em favor do Estado pela Procuradora Dra. Maria Lucia de Melo F. Gonçalves.

Se os envolvidos vierem ser punidos, ganha a sociedade. Tenho consciência de que não vou e nem posso resolver o problema do “peculato” (delito cometido por funcionário público), mais fiz minha parte.

Como disse acima, não me preocupo somente com minha família. Mas, também, com a sociedade.   

sábado, 25 de setembro de 2010

Personagem do barulho tirou-me do lado de minha esposa

Para muitos, o sábado é o primeiro dia de descanso de uma dura e longa jornada de trabalho. Para outros, o sábado começa a todo vapor. Não pára. O incômodo despertador com aquele barulho que enlouquece tirou minha tranquilidade que, quisera eu não terminasse mais. Estava confortavelmente ao lado da pessoa amada e, subitamente, fui desperto por esse personagem do barulho. Mesmo assim tive a preocupação de passar nesse espaço de interação para desejar a todos um ótimo sábado!  

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Muro das lamentações e a prova de Direito Processual Civil

O receio de alguns alunos se concentrava em saber sobre a complexidade da prova de Direito Processual Civil. Todos, sem exceção, movidos pela ansiedade momentos que antecediam a chegada do professor com as questões.

Conhecedores que somos dos parâmetros de trabalho do referido professor, só contribuiu para que amealhássemos nossos sentimentos. À medida que nos olhávamos, como os olhos transmitem nossos mais profundos sentimentos, consegui detectar, em alguns colegas aquilo que eu estava sentindo.

Pronto. O professor adentrou a sala de aula. Como gentilmente faz, cumprimentou todos. Eu, por assim dizer, com a boca semicerrada quase não conseguiu responder.

Rapidamente o professor ditou as questões e, ao nos olharmos, de ofício, o celeuma se levantou. Nesse momento pensei estar diante do muro das lamentações. Aquilo que suspeitei não era nada se comparado ao que acabara de escrever.

Já em estado de transe, não conseguia mais olhar dos lados e muito menos para frente. Foi preciso longos minutos para que conseguisse ler as questões. Li, reli e após começar sair do estado de transe terminei de responder.

Na verdade, minha pretensão em registrar esse momento foi o fato de que, quando não observada uma regra básica, qual seja: as conversas paralelas, eles, os traumas, as psicoses, paranoias não tardam em envolver-nos.

E, dessa forma, consolida-se o resultado indesejável proposto pelas conversas paralelas que, afinal, nesse caso, atingiu se intento.

Em razão de ter dado ênfase às conversas que não edificam só fui perceber, depois de ter saído do estado de transe que a prova estava fácil.

Mais uma amarga experiência!    

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Parabéns Senador Suplicy pela visita à "cracolândia"



Entendo que a oração é o elo que nos une a DEUS. Através dela nos libertamos das cadeias que nos aprisionam, da morte que nos persegue e encontramos a verdadeira razão de viver (aceito posições contrárias!). Aceitar não quer dizer concordar.

Devemos orar sempre. Ainda mais quando nos deparamos com atitudes plausíveis quanto a do nobre Senador. Para rascunhar essas linhas deixei de lado minhas ideologias “política-partidárias” para externar meus sentimentos.

O senador Eduardo Suplicy nos deu um exemplo de sensibilidade no vídeo acima. 

Desafiando seus assessores, compareceu em um dos lugares mais temidos da mais rica metrópole e suas várias contradições.

“Nóia” e o nome que se dá aos frequentadores da cracolândia. Um lugar onde o poder público só se faz presente para espancar os dependentes químicos. Entendendo que o problema do crack (falo dessa droga por ser ela a mais consumida devido seu baixo custo) não é só questão de políticas públicas e, sim, também da sociedade.

Parabéns, senador Eduardo Suplicy! Quê coragem! Compareceu nesse referido lugar sem nenhuma segurança. Coisa que o Governador licenciado não ousaria fazer nem com o aparato policial.

Assim, não me resta outra alternativa que não seja a de orar incessantemente. Oração para que esse exemplo seja seguido. Encurtar essa distância entre os despossuídos, dependente, os que trazem as marcas de um Estado sem um mínimo de comprometimento com a questão das drogas.    

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Momento próximo ao campeão olímpico

Já manifestei aqui um desejo que nutro há tempos. Entretanto, nem sempre foi assim. Após o casamento deixei de fazer muitas coisas que fazia para manter meu peso corpóreo dentro do limite tolerável.

Confesso não haver empreendido qualquer esforço para que isso acontecesse e, após curtos dois anos, resultado: sobrepeso. Para se livra desses quilos indesejáveis só a dieta alimentar não foi o suficiente.

Futebol, nem pensar. Tendo em vista dois fatores que contribuíam para que eu não me empolgasse muito com o futebol: quando solteiro, “magrinho,” já era considerado pelos amigos como um tremendo “perna-de-pau.” Depois de adquirir esses quilos então, piorou.

Foi então que a convite de um amigo comecei me interessar por corrida de rua (pedestrianismo). No início, corria somente uns duzentos metros. Passados alguns anos, consegui correr uma corrida de dez mil metros.

Ocasião dessas que conheci, pessoalmente, o campeão olímpico Vanderlei Cordeiro de Lima (camiseta amarela). Foi na belíssima e encantadora cidade de Maringá/PR. Na primeira foto o Vanderlei sendo agarrado por um maluco no trigésimo oitavo quilômetro da maratona da Grécia.

E nessa última, eu e meus amigos juntos com o Vanderlei.
    

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Prova de Direito Empresarial e um belo presente

Teve início nessa sexta-feira a semana de provas e não poderia ter sido melhor. No transcorrer do semestre, o professor, com muita maestria, engajado com o ensino (de qualidade) não deixou com que saíssemos com dúvida. Muito embora, na hora da prova, sem nossa permissão, elas (as dúvidas) insistem em surgir.

Pois bem, antes mesmo de entregar as questões o professor fez uma proposta tentadora: propôs presentear os dois primeiros que entregassem a prova com livros relativos à matéria. Por unanimidade, a classe, cabe ressaltar, não hesitou.

Mais adiante, ele, o professor, nos surpreendeu novamente: disse ser o referido livro de sua autoria. Para mim foi uma surpresa ainda maior tendo em vista que ele quando nos passou a bibliografia básica sequer mencionou o seu.   

Então diante do desafio tentador e associado à ânsia que tomou conta desse que ora subscreve, fui o segundo a terminar a dita prova. Entretanto convicto de que não seria hostilizado pelos demais, e diante da euforia que, pasmem!, foi tamanha que acabei saindo da sala e, consequentemente, indo embora e deixando o livro para trás.

Empreendi um esforço muito grade para dominar meu ímpeto pois a vontade era, naquele momento, retornar, a qualquer custo à faculdade. Mas, àquela hora, seria impossível encontrar o professor. Porém, só para registrar essa narrativa eis acima foto do livro que ganhei conseguida no sítio da Editora Saraiva. 

sábado, 18 de setembro de 2010

Eduardo J. Couture nos ensina a lutar contra essas e outras aberrações

LUTA - Teu dever é lutar pelo Direito, mas no dia em que encontrares o Direito em conflito com a Justiça, luta pela Justiça;

Eduardo J. Couture

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Mário de Andrade e o valioso tempo dos maduros

“Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.

Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.

As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.

As pessoas não debatem conteúdos, apenas rótulos.

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana, que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade…

Só há que caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.

O essencial faz a vida valer a pena.

E para mim, basta o essencial.”

Mário de Andrade

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O Magistrado Rosivaldo Toscano Jr. fala sobre o orgulho de ser brasileiro

Clique aqui para ler o texto original e aqui para conhecer o blog do Dr. Rosivaldo.

"Esperou-se, em vão, durante  os últimos anos o “grande erro” que faria cair a máscara daquele que nunca poderia ter sido! E a ordem natural estaria restabelecida. A grande mídia teve e tem papel crucial de reforço dessa negação e expectativa, pois reverbera pela classe média o sentimento geral das camadas privilegiadas que sofrem esse estranhamento. A palavra que melhor define esse estado de coisas é preconceito."

Estou de férias. Semana passada fui ao Marrocos e senti orgulho de ser brasileiro.
Umas das excursões que fizemos foi para o deserto do Saara. Havia gente de todo canto do mundo. Durante o trajeto cada um dos turistas do ônibus se apresentou, dizendo o nome e a nacionalidade. Quando chegou nossa vez eu disse que eu e minha noiva éramos brasileiros e, para nossa surpresa, recebemos, espontaneamente, uma salva de palmas. Fomos os únicos!
Com o passar do tempo fui interagindo e procurando saber qual a imagem que tinham aqueles estrangeiros do Brasil. Em particular os europeus salientaram a pujança econômica atual, a copa e as olimpíadas, embora um deles ainda tenha falado em favelas e em pobreza. O nosso presidente é muito mais conhecido e respeitado aqui do que eu imaginava. Um holandês elogiou sua postura na luta contra a fome e em defesa da paz. Houve curiosidade em relação à história de vida dele por parte de um casal de Hong Kong.
Quando voltei a Portugal, fui fazer uma pesquisa nos principais veículos de comunicação daqui. Todos salientando a liderança do nosso Chefe de Estado nas negociações com o Irã. Bem diferente do negativismo que apregoa a grande mídia brasileira, oriunda da região mais rica do nosso próprio país.
Passei a refletir sobre esse nordestino que migrou num pau-de-arara para o Sul Maravilha, em busca de oportunidades. Tenho um primo que morou no Itaim Bibi, na Zona Sul de São Paulo e recordo que todos os porteiros do prédio eram nordestinos. Na vizinhança era bem fácil reconhecer em cada uma das casinhas que abrigavam a portaria dos edifícios de luxo aquele biotipo mestiço, baixo e de cabeça-chata, que se expressava com constantes erros de concordância. Tendo em vista os estereótipos que povoam nosso imaginário, bem poderia ser hoje o nosso presidente um daqueles porteiros... Por isso algo não estaria no lugar. No lugar de sempre. No lugar-comum. Talvez isso explique o estranhamento de boa parte das classes média e alta, principalmente no eixo Sul-Sudeste.
Embora o discurso que assumimos é o de que não temos racismo e nem preconceito contra grupos no Brasil, é indisfarçável o desconforto a muitos senhores e senhoras letrados, intitulados “doutores”, porque um reles torneiro mecânico – ainda por cima um nordestino migrante – represente o Estado brasileiro. O nosso imaginário talvez ainda não esteja preparado para isso: a figura de um líder como ele, um outsider. Nesse ponto vejo em parte o mesmo acontecendo com Obama em relação à grande mídia conservadora americana. O caminho mais fácil, então, é a negação dos seus acertos, aclamação dos inevitáveis erros e a projeção nele do sintoma da quebra dessa idealização, reforçando o estigma, ainda que racionalmente deslocado da realidade.
Esperou-se, em vão, durante  os últimos anos o “grande erro” que faria cair a máscara daquele que nunca poderia ter sido! E a ordem natural estaria restabelecida. A grande mídia teve e tem papel crucial de reforço dessa negação e expectativa, pois reverbera pela classe média o sentimento geral das camadas privilegiadas que sofrem esse estranhamento. A palavra que melhor define esse estado de coisas é preconceito.
A quebra de alguns paradigmas dos padrões de cultura que compramos dos países centrais é bom para crescermos enquanto indivíduos e, principalmente, nação. Fortalecerá nossa identidade, para seguirmos nosso próprio caminho, independentes, finalmente, do julgo da cultura e dos interesses dos Estados mais poderosos.
E esse homem representa não só o biotipo, mas a identidade da maior parte do nosso povo e é a vitrine do nosso país no mundo. Reconheço o papel dele nos aplausos que recebemos no ônibus.
Os americanos são muito orgulhosos do seu país, o mesmo que causou a grande crise mundial atual e que mantém a vergonhosa prisão de Guantânamo, invadiu o Afeganistão e já dizimou quase um milhão de iraquianos, na maioria esmagadora, civis. Por que não podemos ter orgulho de ser  brasileiros? Eu tenho!


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Os ensinamentos de Confúcio

Confúcio (chinês, filósofo, fundador do Confucionismo) dizia: “Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo”.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Poderia ter sido melhor se não fosse o horário eleitoral gratuito

Deixei de postar no domingo por ocasião de sábado ter sido um dia muito mais que especial para mim e, dessa forma, decidi que iria me distanciar da internet. Motivo pelo qual venho nessa segunda-feira relatar uma passagem interessante ocorrida durante uma rápida comemoração.

Após o jantar que minha esposa organizou, para pouquíssimas pessoas, estávamos reunidos eu e alguns familiares, na sala, quando teve início o horário eleitoral gratuito.

Por incrível que possa parecer, os convidados se mantiveram atentamente diante do televisor. Eu, contrariamente, só permaneci em respeito a eles e por saber o que estava por vir diante dos últimos acontecimentos na esfera política nacional.

Confesso que não esperava que eles pudessem ter a reação que tiveram. Explico: ocorre que aquela atenção que eles estavam dando à programação política foi interrompida assim que certo candidato pronunciou três palavras.

Foi o suficiente para que alguns começassem se retirar da sala. Outros, por insistência, permaneceram. Como já disse, tive que ficar e ouvir, por exemplo, acusações que foram publicadas nessas revistas semanais de péssima qualidade e que foram exploradas por pessoas “despreparadas” que querem, de qualquer forma, assumir o poder.

Digamos que tentaram usar a famosa “bala de prata!” Lamentável. Porém, os convidados, tanto os que permaneceram quanto os que se retiraram da sala estão cientes de que, hoje, no Brasil, a parte podre da imprensa (globo, veja e seus asseclas) não conseguem mais manipular como antes.

A internet assumiu um papel importantíssimo nessa nova fase da democracia brasileira.

A propósito: alguém aí se recorda que na época que antecedia a campanha das diretas já o povo saiu às ruas e clamava: FORA REDE GLOBO, O POVO NÃO É BOBO!