As fases de minha vida
estão se modificando a passos largos o suficiente para dizer que coisas
magníficas acontecem com frequência em meus dias o que, por sinal, não posso
reclamar. Se algo ainda maior não está acontecendo é porque está faltando
dedicação minha. Fatos lamentáveis também fazem parte do pacote “vida” e seus
riscos.
Iniciei, há anos, um estágio em determina autarquia municipal objetivando
adquirir bagagem no âmbito jurídico. Se eu disser que foi proveitoso estaria
diante da mais pura e vexatória mentira. Aliás, proveitoso foi. Considerando o
fato de haver conhecido pessoas magníficas, que a partir de então passaram a
fazer parte de minha história.
Entretanto, o traumático estágio começou rumar por
caminhos tortuosos. Explico: em razão do volume de serviço não ser lá aquelas
coisas, o advogado com maior tempo de serviço acabava por não deixar ou
permitir que o estagiário (lembre-se, eu!) fizesse alguma coisa.
Na verdade, eram dois
advogados no departamento jurídico. O dr. fulano
de tal e a encantadora dra. x. O primeiro, com tempo significativo de
serviços prestados à autarquia, possuidor de uma cultura jurídica invejável,
com seus muitos anos de vida, era algo assim como um Fidel Castro.
Confiava
primeiramente nele, depois nele e, lá pela terceira e/ou quarta posição,
confiava nele novamente. A encantadora doutora mencionada
acima, por sua vez, trabalhava tão somente no crivo do discípulo de Fidel e,
consequentemente, o estagiário, não fazia nada mais que ir dar carga nos processos. É mole!
O Fidelzinho é uma pessoa
com idade aproximada entre sessenta e sessenta e cinco anos. Acima disse ser
ele possuidor de vasta bagagem no âmbito jurídico. Porém o que sobra no
conhecimento jurídico falta no quesito humanidade e companheirismo.
Continua...
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