“A justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o direito, e na outra, a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do direito” - Rudolf Von Ihering



segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Da série crônicas de um estagiário: eu, o estágio e o discípulo de Fidel


As fases de minha vida estão se modificando a passos largos o suficiente para dizer que coisas magníficas acontecem com frequência em meus dias o que, por sinal, não posso reclamar. Se algo ainda maior não está acontecendo é porque está faltando dedicação minha. Fatos lamentáveis também fazem parte do pacote “vida” e seus riscos.

Iniciei, há anos, um estágio em determina autarquia municipal objetivando adquirir bagagem no âmbito jurídico. Se eu disser que foi proveitoso estaria diante da mais pura e vexatória mentira. Aliás, proveitoso foi. Considerando o fato de haver conhecido pessoas magníficas, que a partir de então passaram a fazer parte de minha história.

Entretanto, o traumático estágio começou rumar por caminhos tortuosos. Explico: em razão do volume de serviço não ser lá aquelas coisas, o advogado com maior tempo de serviço acabava por não deixar ou permitir que o estagiário (lembre-se, eu!) fizesse alguma coisa.

Na verdade, eram dois advogados no departamento jurídico. O dr. fulano de tal e a encantadora dra. x. O primeiro, com tempo significativo de serviços prestados à autarquia, possuidor de uma cultura jurídica invejável, com seus muitos anos de vida, era algo assim como um Fidel Castro.

Confiava primeiramente nele, depois nele e, lá pela terceira e/ou quarta posição, confiava nele novamente. A encantadora doutora mencionada acima, por sua vez, trabalhava tão somente no crivo do discípulo de Fidel e, consequentemente, o estagiário, não fazia nada mais que ir dar carga nos processos. É mole!

O Fidelzinho é uma pessoa com idade aproximada entre sessenta e sessenta e cinco anos. Acima disse ser ele possuidor de vasta bagagem no âmbito jurídico. Porém o que sobra no conhecimento jurídico falta no quesito humanidade e companheirismo.

Continua...

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