“A justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o direito, e na outra, a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do direito” - Rudolf Von Ihering



sexta-feira, 12 de março de 2010

Desordem no Tribunal

Como de costume, hoje, passeando pelos blogs que fazem parte de minha lista particular, deparei-me com uma importantíssima postagem publicada originalmente no blog “direito fora do lugar comum” e que achei conveniente transcrevê-lo abaixo, acompanhem!


Estas frases foram retiradas do livro ‘Desordem no tribunal’.

São coisas que as pessoas disseram, e que foram transcritas

textualmente pelos taquígrafos que tiveram que permanecer calmos

enquanto estes diálogos realmente aconteciam à sua frente.


Advogado : Qual é a data do seu aniversário ?

Testemunha: 15 de julho.

Advogado : Que ano ?

Testemunha: Todo ano.
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Advogado : Essa doença, a miastenia gravis, afeta sua memória ?

Testemunha: Sim.

Advogado : E de que modo ela afeta sua memória ?

Testemunha: Eu esqueço das coisas.

Advogado : Você esquece… Pode nos dar um exemplo de algo que

você tenha esquecido ?
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Advogado : Que idade tem seu filho ?

Testemunha: 38 ou 35, não me lembro.

Advog ado : Há quanto tempo ele mora com você ?

Testemunha: Há 45 anos.
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Advogado : Qual foi a primeira coisa que seu marido disse quando

acordou aquela manhã ?

Testemunha: Ele disse, ‘Onde estou, Bete ?’

Advogado : E por que você se aborreceu ?

Testemunha: Meu nome é Célia.
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Advogado : Seu filho mais novo, o de 20 anos….

Testemunha: Sim.

Advogado : Que idade ele tem ?
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Advogado : Sobre esta foto sua… o senhor estava presente quando

ela foi tirada ?
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Advogado : Então, a data de concepção do seu bebê foi 08 de agosto ?

Testemunha: Sim, foi.

Advogado : E o que você estava fazendo nesse dia ?
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Advogado : Ela tinha 3 filhos, certo ?

Testemunha: Certo.

Advogado : Quantos meninos ?

Testemunha: Nenhum

Advogado : E quantas eram meninas ?
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Advogado : Sr. Marcos, por que acabou seu primeiro casamento ?

Testemunha: Por morte do cônjuge.

Advogado : E por morte de que cônjuge ele acabou ?
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Advogado : Poderia descrever o suspeito ?

Testemunha: Ele tinha estatura mediana e usava barba.

Advogado : E era um homem ou uma mulher ?
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Advogado : Doutor, quantas autópsias o senhor já realizou em

pessoas mortas ?

Testemunha: Todas as autópsias que fiz foram em pessoas mortas…
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Advogado : Aqui na corte, para cada pergunta que eu lhe fizer,

sua resposta deve ser oral, Ok ? Que escola você freqüenta?

Testemunha: Oral.
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Advogado : Doutor, o senhor se lembra da hora em que começou a

examinar o corpo da vitima ?

Testemunha: Sim, a autópsia começou às 20:30h.

Advogado : E o sr. Décio já estava morto a essa hora ?

Testemunha: Não… Ele estava sentado na maca, se perguntando

porque eu estava fazendo aquela autópsia nele.
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Advogado : O senhor está qualificado para nos fornecer uma

amostra de urina ?
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E ssa é a melhor

Advogado : Doutor, antes de fazer a autópsia, o senhor checou o

pulso da vítima ?

Testemunha: Não.

Advogado : O senhor checou a pressão arterial ?

Testemunha: Não.

Advogado : O senhor checou a respiração ?

Testemunha: Não.

Advogado : Então, é possível que a vítima estivesse viva quando a

autópsia começou ?

Testemunha: Não.

Advogado : Como o senhor pode ter essa certeza ?

Testemunha: Porque o cérebro do paciente estava num jarro sobre a mesa.

Advogado : Mas ele poderia estar vivo mesmo assim ?

Testemunha: Sim, é possível que ele estivesse vivo e cursando Direito em algum lugar…

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