“A justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o direito, e na outra, a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do direito” - Rudolf Von Ihering



sexta-feira, 17 de junho de 2011

Se for falar mal de mim, me chame. Considerando que sei muita coisa a meu respeito.


Foram dias de extrema angústia em razão dos inúmeros trabalhos a ser entregues nesse primeiro semestre do ano letivo do corrente. Aproximavam-se as avaliações, para não incorrer no desagradável risco de ter que se submeter à avaliação posterior, vale um – ou vários – esforço a mais.

Conciliar família, estudo e trabalho não são tarefas daquelas que podemos considerar das mais fáceis. Enfim consegui me sair digamos... com notas razoáveis, que me possibilitou estar, desde já, desfrutando das esperadas férias escolares.  

O insigne professor fez um comentário, certa vez, que após corrigir as provas recorda-se somente de dois alunos, ou seja, o que obteve a melhor e a pior nota. Nesse sentido, digo, sem excitação, que nunca fui lembrado.

Aproveitarei essas férias para estudar um pouco mais. Nesse período (férias), lembro-me dos dizeres de um pensador (salvo engano parece-me ter sido Platão): quanto mais penso que sei aí é que percebo que nada sei.

A visão equivocada do mundo faz com que muitos acadêmicos do Direito – principalmente os que estudam comigo! – se sintam pessoas acima do bem e do mal. E que, pasmem!, até se arriscam em inferiorizar os demais.

Pensam (eles) que todo problema do mundo se resolve com um Vade Mecum (Código de Leis). Pensam mais: que formação humanística é coisa de indivíduo tolo. Ah, meu Deus, tolo eu (e muitos outros colegas de classe que não compartilham desse pensamento).

Amo o Direito. Tenho uma longa caminha pela frente e certo de que minha peregrinação nessa seara está só começando. Não deixarei, jamais, que a voz dos embrutecidos alcance meus ouvidos.

Cheguei à conclusão de que são várias formas que levam ao embrutecimento precoce (Alexandre Morais da Rosa comentou sobre isso). A saber: “colocar um Vade Mecum” debaixo do braço; “assistir” religiosamente a Rede Globo e ler, sem filtrar a “Revista Veja”.

Considerando que, para mim, esse rol é taxativo. Finalizando e terminando a travessia pela “zona cinzenta”, só me resta curtir (longe dos arrogantes!) as férias e esperar as tesouradas, pauladas e pedradas quando do retorna às aulas.

Lembrando que, se for falar mal de mim, me chame. Considerando que sei muita coisa a meu respeito.


2 comentários:

Ivana Lima Regis disse...

Aproveite suas férias, Nilton! Descansar é preciso...
Bjaum.

Kamile Marcondes de Moura disse...

Se você desfruta é porque merece! BOAS FÉRIAS ;)