Foram dias de extrema angústia em razão dos inúmeros trabalhos a ser entregues nesse primeiro semestre do ano letivo do corrente. Aproximavam-se as avaliações, para não incorrer no desagradável risco de ter que se submeter à avaliação posterior, vale um – ou vários – esforço a mais.
Conciliar família, estudo e trabalho não são tarefas daquelas que podemos considerar das mais fáceis. Enfim consegui me sair digamos... com notas razoáveis, que me possibilitou estar, desde já, desfrutando das esperadas férias escolares.
O insigne professor fez um comentário, certa vez, que após corrigir as provas recorda-se somente de dois alunos, ou seja, o que obteve a melhor e a pior nota. Nesse sentido, digo, sem excitação, que nunca fui lembrado.
Aproveitarei essas férias para estudar um pouco mais. Nesse período (férias), lembro-me dos dizeres de um pensador (salvo engano parece-me ter sido Platão): quanto mais penso que sei aí é que percebo que nada sei.
A visão equivocada do mundo faz com que muitos acadêmicos do Direito – principalmente os que estudam comigo! – se sintam pessoas acima do bem e do mal. E que, pasmem!, até se arriscam em inferiorizar os demais.
Pensam (eles) que todo problema do mundo se resolve com um Vade Mecum (Código de Leis). Pensam mais: que formação humanística é coisa de indivíduo tolo. Ah, meu Deus, tolo eu (e muitos outros colegas de classe que não compartilham desse pensamento).
Amo o Direito. Tenho uma longa caminha pela frente e certo de que minha peregrinação nessa seara está só começando. Não deixarei, jamais, que a voz dos embrutecidos alcance meus ouvidos.
Cheguei à conclusão de que são várias formas que levam ao embrutecimento precoce (Alexandre Morais da Rosa comentou sobre isso). A saber: “colocar um Vade Mecum” debaixo do braço; “assistir” religiosamente a Rede Globo e ler, sem filtrar a “Revista Veja”.
Considerando que, para mim, esse rol é taxativo. Finalizando e terminando a travessia pela “zona cinzenta”, só me resta curtir (longe dos arrogantes!) as férias e esperar as tesouradas, pauladas e pedradas quando do retorna às aulas.
Lembrando que, se for falar mal de mim, me chame. Considerando que sei muita coisa a meu respeito.
2 comentários:
Aproveite suas férias, Nilton! Descansar é preciso...
Bjaum.
Se você desfruta é porque merece! BOAS FÉRIAS ;)
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