
Num diálogo, Maciel conta que o desembargador José Cruz Macedo pediu para que um sobrinho médico fosse transferido de um hospital da periferia para um central, de grande porte. "Eu vou falar com o Arruda e nós vamos ter que atender ele. Foi o Cruz Macedo, desembargador", disse. "É um cara que foi bacana com a gente. Tem sido bacana. Vai ser bacana, né?"
No mesmo encontro, Arruda comenta com Barbosa pressão sobre o TJ em relação a um processo de interesse do governo. Ele não conta, na conversa, o conteúdo dessa ação. Um desembargador chamado "Romeu", segundo o governador, teria se "comprometido com o mérito". No tribunal, há apenas um desembargador com esse nome: Romeu Gonzaga Neiva. "O que que eu olhando de fora aconselho. Primeiro, o dinheiro que a gente busque, seja lá quem for, dois milhões, chega pra mesma fonte e de ó... em cima. Tá tudo certo e vai ter os outros dois. Nós queremos ganhar o conteúdo", disse o governador.
Arruda afirma ainda que iria procurar o presidente do TJ, Nívio Gonçalves - a quem chega a chamar de "amigo pessoal" - para pedir conselhos sobre os processos do governo na corte. Logo depois, revela que já conversara sobre o assunto com o corregedor, Getúlio Pinheiro de Souza. "Eu pedi que ele tentasse ver esse negócio, mas esse ele já tinha votado. Ele disse e tá seguro comigo."
Em conversa com Barbosa, Geraldo Maciel comentou ainda a reação dos magistrados a uma inspeção do CNJ dias antes desse encontro gravado. "Tá todo mundo com rabo preso, rabo entre as pernas", disse. "Foi um negócio violento."
Fonte: Agência Estado

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