“A justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o direito, e na outra, a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do direito” - Rudolf Von Ihering



terça-feira, 26 de abril de 2011

CONTENDA ARGUMENTATIVA


DA GALERIA GOOGLE

Inicio a semana com os olhos na semana que findou-se. Foi uma semana muito produtiva, apesar de curta. Explorei o máximo que pude de alguns textos interessantíssimos encontrados na internet. No que tange ao âmbito jurídico, li e gostei muito desses artigos aquiaqui e aqui por razões óbvias. Ou seja, clareza, simplicidade e, acima de tudo, a maestria com que os temas foram tratados. Não teria a mesma convicção em afirmar caso os artigos fossem escritos por pessoas cuja formação humanística tão somente deixou de acompanhá-los. O universo jurídico tem seus (des)encantos e, por vezes, a insensibilidade de alguns operadores do direito provoca insatisfação genuinamente até mesmo em quem não está envolvido num conflito de interesse. Já que mencionei a questão da insensibilidade e pelo fato de haver centralizado temas acompanhados na semana passada, ganhou notoriedade a sentença onde o juiz fez comparações nada razoáveis entre a pretensão do autor, na propositura da ação de danos morais, em virtude de haver sido barrado na porta giratória do estabelecimento bancário. Ocorre que, na fundamentação, o magistrado fez uma conexão entre o ocorrido no estabelecimento bancário e a lamentável tragédia em Realengo/RJ. Propus, na faculdade, uma discussão como colegas que haviam lido a sentença. Houve os mais diversificados argumentos, partindo dos coerentes como também os esdrúxulos. Este último com porcentagem maior sobre o primeiro. Cheguei a pensar não ter sido uma boa ideia levantar essa questão (leia-se: sentença!) para o debate. Sem falar de alguns interlocutores que se recusaram a participar da contenda argumentativa. Enfim, prevaleceu o bom senso e ninguém saiu ferido. Partindo do pressuposto de que devemos trocar ideias para aprender mudar de ideia o debate até que foi proveitoso. Por derradeiro, tomei de empréstimo o excelente comparativo feito pelo saudoso José Renato Nallini, a saber: “qual a diferença entre o insensível e o homicida?” Volto eu: para mim, nenhuma.  

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