A recente polêmica de
que o professor de determinada faculdade de direito de São Paulo haver cogitado
dar (ou deu?!) voz de prisão para a
aluna me levou novamente à zona cinzenta que paira sobre os acadêmicos, do
qual faço parte.
Para o profissional
do direito é estritamente comprometedor opinar sem antes fazer uma análise
profunda dos autos. Como “futuro” profissional, não devo (e não posso!) fugir
dessa regra.
Porém, no caso ventilado
no Espaço Vital, consta que um dos motivos ensejadores foi o fato de o
professor não ditar conceitos e, assim, acabou causando o descontentamento da
aluna.
É triste porém real o
fato de que, a cada dia, os professores veem perdendo seu espaço (em sala de
aula). Digo isso com profundo pesar pois estou vivenciando essa constatação
lamentável nesse período de graduação.
A prerrogativa incondicional que tinham em
traçar a metodologia da aula deu lugar ao condicionamento que muitos alunos
impõe. “Professor, dita um conceito!”
A doutrina,
ferramenta poderosíssima e apta a fazer com que os conceitos sejam imputados
nos que se predispõe ( ou pelo menos deveriam) a aprender, é coisa de segundo
plano.
Como disse-me um
magistral professor certa vez: “não aprenda conceito e sim conceituar!”
3 comentários:
Isso ocorre principalmente em instituições particulares.
Quando o aluno deixa de ser aluno e passa a ser cliente do professor!
Daí já viu né?
Concordo, com o comentário acima do Paulo. Infelizmente, hoje, o ensino virou "negócio". Precisamos aprender a pensar. A raciocinar. A lidar com os conceitos. Ou como muito bem falou o seu professor, a conceituar. Um bom dia, grande abraço :)
Nos falta poder de conceituar porque nos falta o básico: vocabulário e gramatca. Somente com o domínio da língua conseguimos expressar nossas idéias cientificas com precisão e, assim, nos libertar da dependência do conceito. Enfim parabéns meu amigo. Ass: Ricardo
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