O processo de aprendizagem tem seus altos e baixos entretanto podemos, às vezes, contar com pessoas que nos dão todo respaldo. Preocupado por estar aproximando o final do curso e ter a sensação de que o conhecimento está se distanciando, procurei uma professora e expus a situação.
Ela, gentilmente, usou essa dúvida por mim exposta para explicar aos demais colegas o que ocorre nessa fase do curso. Disse ter enfrentado o mesmo problema quando acadêmica. E que o diferencial está no fato de continuar estudando e que as situações nunca vistas na faculdade surge a todo o momento.
Contou que três ou quatro anos após estar advogando e lecionando, colecionadora que sempre foi de terminologias jurídicas desde que era acadêmica, surgiu oportunidade de atuar em um processo, onde a ocasião lhe permitiu ficar frente ao Desembargador.
Disse mais: que para o momento redigiu a melhor petição de toda sua vida objetivando causar boa impressão ao Desembargador. Conversaram por alguns instantes quando, subitamente, ela foi surpreendida quando o Desembargador solicitou a petição para analisar.
Nem bem começou ler já grifou um erro e, chamando-a disse:
- Dra., essa palavra (inobstante) não existe. Ela, acostumada com as terminologias disse:
- Como não, Dr.!
- Venha e veja, disse ele.
Foram ao Aurélio e, para decepção da professora, realmente contatou não haver essa palavra. O Desembargador fez questão de ressalvar que existe, na verdade, “inobservância” e “obstante.”
Quis ela, com esse exemplo, nos mostrar que ainda que saiamos com boa bagagem dos bancos acadêmicos ainda assim teremos que aprender, sempre.
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