O simples fato de nos colocarmos à disposição para aprender (sempre!) é um grande sinal de evolução. Nessa minha escolha pelo curso de direito confesso que estou me surpreendendo, e muito, com soluções tomadas e que o texto frio da lei não prescreve.
Para ilustrar o que estou a falar, vou, resumidamente, lhes dar um exemplo extraído em sala de aula. O professor, que advoga para FUNDAP, tomou conhecimento de que havia morrido afogado o pai e irmão de um detento.
A família do detento morava na periferia de Marília/SP, onde o velório estava sendo realizado. Lugar extremamente violento. Motivo este que fez com que aumentasse o receio em levar o detento até o local (incolumidade pública).
Cogitou-se a ideia de transferir os corpos ao velório municipal. O problema é que levaria tempo e causaria muito transtorno. No interior do presídio iniciava-se um motim, em razão da exigência dos outros presos para que o colega fosse logo levado ao velório.
Pensaram em várias saídas até que surgiu a ideia de levar os corpos para uma sala dentro do presídio (que fica próximo à cidade) e, assim, o detento pôde velar pelo seu pai e irmão de forma segura.
Volto eu: parece uma coisa... podemos dizer “boba!” Mais não é e explico: o curso de direito, pelo menos aqui, é um verdadeiro instrumento para tornar os desatentos em verdadeiras “feras insensíveis”. Assim, muitos se atêm ao que o texto da lei prescreve e esquecem o resto.
No entanto, há que se ter uma formação humanística. E isso, muitos não querem!
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