“A justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o direito, e na outra, a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do direito” - Rudolf Von Ihering



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Insubordinação

O futuro lhe seria promissor não fosse sua insubordinação. Por diversas vezes fizeram-lhe diversas advertências para que adotasse outra postura digna de pessoas dotadas de bom senso. O inverso do espero, por meio das advertências, foi o resultado colhido por aqueles que o admiravam.
Ele, por outro lado, não media esforços para permanecer no caminho que o conduziria para aquilo cujo aparência mais se parece com um imenso abismo. Recém formado, foi-lhe apresentado um nobre e generoso advogado, com vários anos de experiência no mundo jurídico.
O emprego lhe foi oferecido pelo causídico que, após a breve apresentação, simpatizou-se com o insubordinado. Três meses se passaram e a primeira decepção do causídico chegou logo após ele solicitar, ao insubordinado, que digitasse uma inicial e colocasse os artigos de lei inerentes ao caso.
Por força da boa educação e dos princípios que o causídico tanto prezava, chamou o insubordinado para uma rápida conversa e explicou-lhe que, na prática, difere, e muito, das teorias aprendidas durante os anos de universidade e, em razão disso, ele, o causídico, se referiu àqueles artigos de lei.

Não contente com as explicações do causídico o insubordinado fingiu aceitá-las. Não o fez, porém, quando a próxima oportunidade lhe apareceu. E, assim, contrariou as ordens do causídico novamente fazendo-lhe tomar medidas mais enérgicas objetivando não despedi-lo mais sim quebrar-lhe a insubordinação.

Notava, o causídico, que os disparates cometidos pelo insubordinado tornaram-se constantes e, assim, era necessário que alguma medida fosse tomada no sentido de que não mais houvesse motivo para que o causídico tivesse que conviver com aquela desagradável situação.

Teria que tomar uma decisão que poderia por fim ao sonho do insubordinado que, certamente, outro que não tivesse o mesmo caráter, sensibilidade, compreensão que o causídico em comento, teria logo posto fim a esse inconveniente.

Tomou, o causídico, a decisão de acabar com aquilo que não deveria ter começado. Somente as decisões arrojadas salvam as situações críticas.

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