Colhi o texto que segue
do blog do Alexandre Morais da Rosa.
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Noam Chomsky
Linguista, filósofo e ativista
político estadunidense. Professor de Linguística no Instituto de Tecnologia de
Massachusetts
Adital:www.adital.com.br
Tradução: ADITAL
O linguista Noam Chomsky elaborou
a lista das "10 Estratégias de Manipulação”através da mídia.
1. A estratégia da distração. O
elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que
consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das
mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do
dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes.
A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir que o público
se interesse pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia,
da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. "Manter a atenção do
público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas
sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado; sem nenhum
tempo para pensar; de volta à granja com outros animais (citação do texto
"Armas silenciosas para guerras tranquilas”).
2. Criar problemas e depois
oferecer soluções. Esse método também é denominado
"problema-ração-solução”. Cria-se um problema, uma "situação” previsa
para causar certa reação no público a fim de que este seja o mandante das
medidas que desejam sejam aceitas. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou
intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de
que o público seja o demandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da
liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para forçar a aceitação, como
um mal menor, do retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos
serviços púbicos.
3. A estratégia da gradualidade.
Para fazer com que uma medida inaceitável passe a ser aceita basta aplicá-la
gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos. Dessa maneira, condições
socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas
de 1980 e 1990. Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade,
desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas
mudanças que teriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma
só vez.
4. A estratégia de diferir. Outra
maneira de forçar a aceitação de uma decisão impopular é a de apresentá-la como
"dolorosa e desnecessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para
uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrificio
imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Logo,
porque o público, a massa tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que
"tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado.
Isso dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia de mudança e de
aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5. Dirigir-se ao público como se
fossem menores de idade. A maior parte da publicidade dirigida ao grande
público utiliza discursos, argumentos, personagens e entonação particularmente
infantis, muitas vezes próximos à debilidade mental, como se o espectador fosse
uma pessoa menor de idade ou portador de distúrbios mentais. Quanto mais tentem
enganar o espectador, mais tendem a adotar um tom infantilizante. Por quê?
"Ae alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse 12 anos ou menos, em
razão da sugestionabilidade, então, provavelmente, ela terá uma resposta ou
ração também desprovida de um sentido crítico (ver "Armas silenciosas para
guerras tranquilas”)”.
6. Utilizar o aspecto emocional
mais do que a reflexão. Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica
para causar um curto circuito na análise racional e, finalmente, ao sentido
crítico dos indivíduos. Por outro lado, a utilização do registro emocional
permite abrir a porta de aceeso ao inconsciente para implantar ou enxertar
ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos...
7. Manter o público na ignorância
e na mediocridade. Fazer com que o público seja incapaz de compreender as
tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. "A
qualidade da educação dada às classes sociais menos favorecidas deve ser a mais
pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que planeja
entre as classes menos favorecidas e as classes mais favorecidas seja e
permaneça impossível de alcançar (ver "Armas silenciosas para guerras
tranquilas”).
8. Estimular o público a ser
complacente com a mediocridade. Levar o público a crer que é moda o fato de ser
estúpido, vulgar e inculto.
9. Reforçar a autoculpabilidade.
Fazer as pessoas acreditarem que são culpadas por sua própria desgraça, devido
à pouca inteligência, por falta de capacidade ou de esforços. Assim, em vez de
rebelar-se contra o sistema econômico, o indivíduo se autodesvalida e se culpa,
o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição de sua ação.
E sem ação, não há revolução!
10. Conhecer os indivíduos melhor
do que eles mesmos se conhecem. No transcurso dosúltimos 50 anos, os avançosacelerados
da ciência gerou uma brecha crescente entre os conhecimentos do público e os
possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à
neurobiologia e à psicologia aplicada, o "sistema” tem disfrutado de um
conhecimento e avançado do ser humano, tanto no aspecto físico quanto no
psicológico. O sistema conseguiu conhecer melhor o indivíduo comum do que ele a
si mesmo. Isso significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um
controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior do que o dos
indivíduos sobre si mesmos.
Link:http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=52520
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