Vitor Abdala
Repórter da
Agência Brasil
Rio
de Janeiro - A 3ª Vara Criminal de Niterói iniciou na manhã de hoje (9) a série
de audiências de instrução do processo sobre a morte da juíza criminal de São
Gonçalo Patrícia Acioli, assassinada em agosto. Onze policiais militares são
acusados de terem participado do assassinato, entre eles, o coronel Cláudio
Luiz Silva de Oliveira, ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo.
A
previsão é que sejam ouvidas 14 testemunhas de acusação de hoje até amanhã
(10). A primeira testemunha a ser ouvida é o promotor de Justiça de São Gonçalo
Paulo Roberto Cunha. Nesta sexta-feira e na quarta-feira e quinta-feira da
semana que vem, devem ser ouvidas cerca de 130 testemunhas de defesa. No último
dia das audiências de instrução, os 11 réus serão interrogados.
O
advogado Técio Lins e Silva, assistente de acusação, que representa a família
de Patrícia Acioli, espera que o processo prossiga de forma tranquila e que
seja feita justiça. “A posição da família é ter absoluta confiança na Justiça.
Há uma prova indiciária muito forte, muito positiva, que possibilitou o
oferecimento da acusação pública no início do processo. A prova é muito
robusta”, disse.
Já
o advogado Manoel de Jesus Soares, que representa o coronel Cláudio Luiz Silva
de Oliveira, acredita que as audiências não terão nenhuma novidade em relação
ao coronel, uma vez que os únicos indícios contra seu cliente são declarações
de policiais feitas a partir da concessão do benefício da delação premiada.
“Fora isso, não há nenhuma testemunha que faça a menor referência com relação a
ele de participação nesse fato”, disse.
Para
garantir a segurança da audiência, carros do Batalhão de Choque estão
posicionados na parte de fora do Fórum de Niterói. Para chegar ao tribunal, é
preciso passar por dois controles de segurança, com detectores de metal e
revista de pertences.
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