“A justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o direito, e na outra, a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do direito” - Rudolf Von Ihering



quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Eu tenho um sonho-I

Durante muito tempo, estive pensando em escrever sobre um velho e antigo sonho. Sonho este que se iniciou por volta dos anos 80, quando ainda criança. No entanto, só por volta de 30 anos depois é que esse sonho começou a se tornar realidade. Então, pensei o seguinte: publicarei já, com o número I, “Eu tenho um sonho”. Depois, publique a crônica definitiva. Diante disso, aí vai o n. I. Prometo o n. II.

Vários motivos me levaram a optar pelo curso de Direito, mais, exclusivamente, um “SONHO” em contribuir para uma sociedade melhor e também, devido a sua imensa ligação com os problemas sociais. Tendo em vista que o homem, desde o seu nascimento e durante toda sua existência, fará parte sucessivamente de diversas instituições e sociedade, pois o conceito mais claro que se tem quando se fala em direito é que: “Direito são normas coercitivas que regem a sociedade”.

Sendo que sociedade consiste em um elo entre várias instituições. Portanto, a primeira sociedade natural nesta hierarquia é a família, que nos alimenta, protege e “educa”. Foi exatamente pensando nesta educação que recebi de minha humilde família, embora, dentro da realidade em que eles viviam, procuraram sempre me dar o melhor que eles pudessem e, alimentaram o meu “SONHO” para que eu concluísse um curso de nível superior (ainda em andamento), pois eles não tiveram essa mesma chance.

Meus pais me ensinaram que se eu quisesse concretizar esse “SONHO” e ter uma posição social melhor, eu teria que seguir o exemplo da água, pois a água atinge seu objetivo porque sabe sobressair-se em qualquer situação.

E, assim, então, eu optei em estudar ciência do direito, pois desta maneira, eu conseguiria realizar vários “SONHOS” de uma só vez, ou seja, os meus pais ficariam felizes, e eu, contente por ser único filho e também o primeiro da família a possuir diploma universitário. Digo o primeiro da família de um modo geral. Pois, tanto do lado paterno quanto do materno, infelizmente, ninguém conseguiu este feito, e isso por diversos motivos entre eles o financeiro. E para finalizar esta pequena lista de sonhos a serem realizados, o fato de poder estar ajudando a sociedade.

Para que este “SONHO” pudesse se concretizar, um novo desafio teria que ser encarado, ou seja, a preparação e aprovação no vestibular. O primeiro passo seria verificar quais matérias fariam parte desta avaliação, sendo que, eu teria que estar muito bem preparado, pois a proporção de vagas em relação ao número de candidatos é pequena. Mas, eu estava certo da dificuldade que iria enfrentar, pois o sonho só estava começando.

Depois de muita preparação, chegou o grande dia, ou seja, o dia do vestibular, mais eu estava tranquilo, pois eu havia me preparado muito bem, apesar de que os outros candidatos também estarem, mais meu “SONHO” me fazia acreditar que seria bem colocado. Alguns dias depois, saiu o resultado. Para minha surpresa, fiquei entre os primeiros colocados.

O primeiro passo em busca deste objetivo (“SONHO”), foi vencido com muita garra e determinação. O próximo passo seria realizar a matrícula e dar sequência, melhor dizendo, dar início ao curso e procurar da melhor forma possível, absorver os ensinamentos do Professores que particularmente, são dignos de todo meu respeito e admiração.

No entanto, o “SONHO” ficava mais próximo, pois, iniciou-se então, o ano letivo. A cada dia que passou no decorrer do primeiro ano do referido curso, meu encanto aumentava ainda mais, e isso, se deu por conta de vários motivos, entre eles, “a dedicação dos professores”, a convivência com novas pessoas e outra tantas... Importante ressaltar que entre as matérias deste primeiro ano de curso, uma me chamou a atenção, ou seja, “ciência política”, pois o professor nos explicou que teríamos que entender bem essa matéria porque ela daria sequência a TEORIA GERAL DO ESTADO e depois DIREITO CONSTITUCIONAL, sendo que este referido professor, desde o primeiro dia de aula, nos orientou no sentido de que a CONSTITUIÇÃO FEDERAL é nossa lei maior. Portanto, deve ser respeitada. Sendo assim, qualquer norma que estiver contra a (CF), será inconstitucional.

Já nas primeiras provas, depois de muitas explicações e de muita paciência dos dedicados professores, também veio à recompensa, digo recompensa pelo fato de que não só eu, mais a maioria dos colegas de classe que trabalham o dia todo e durante a noite vão para a faculdade, não dispõe de muito tempo para estudar, sendo que o estudo para as provas fica por conta dos finais de semana e depois das aulas, ou seja, no meu caso sempre após as 23:30h, mais vale a pena, pois todo esforço é válido na conquista de um “SONHO”.

As notas foram satisfatórias, pois a alegria que sentia a cada nota recebida, eu transmitia para a minha família que também compartilhavam comigo desses momentos de felicidade. Aumentava, ainda mais, a minha motivação com relação ao tão querido curso de direito.

Outro motivo ainda posso relatar em relação a esse momento de extrema alegria ao qual acabei de passar ao tomar conhecimento de minhas notas. Esse motivo nada mais é de que o fato de poder estudar em uma faculdade na cidade onde resido. Trata-se da cidade de Garça/SP, com aproximadamente 45.000 ou 50.000 mil habitantes, sendo que são poucas as cidades com este índice populacional que dispõe de uma faculdade conceituada quanto esta e que, por conta disso, tenho a maior satisfação em divulgar o nome desta instituição, ou seja, ( FAEF) Garça/SP. Para mim é motivo de orgulho, pois sou filho desta terra na busca da realização de um “SONHO”.

No meu caso, que ingressei na faculdade depois de casado, tendo que conciliar estudo e família, sendo que tenho dois filhos adolescentes e que necessitam de atenção especial, não é fácil. Mais o meu objetivo “SONHO” tem que ser alcançado, pois houve toda uma programação para que este objetivo possa ser alcançado.

(Prossegue com o n. II)

Publicado: O Autor

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