Uma onda gigantesca de sentimentos invadiu meu ser sem que eu autorizasse. Foram horas de meditação, objetivando conseguir encontrar uma saída/remédio para ao menos aliviar a dor que estes sentimentos me trouxeram. Olho o relógio e detecto que são 00h30min de um novo dia. Abro a porta e me ponho a contemplar as estrelas. Os minutos vão passando e a onda de sentimentos parece crescer a cada minuto.
Aquilo que priorizava minha mente na noite anterior já faz parte do passado. Imponho mais alguns instantes estático diante do imenso e belo céu. Lembro-me do que está escrito no Salmo 19:1 “OS céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.” Obviamente que após lembrar-me disso, notei quão pequenos eram aqueles sentimentos.
Saio da posição estática a qual me encontrava e retorno para dentro de casa. Abro um livro (antologia poética: Carlos Drummond de Andrade) e começo a foliá-lo e me deparo com o seguinte verso:
MEMÓRIA:
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.
Mas as coisas findas,
muito mais que linda,
essas ficarão.
Um comentário:
Belo texto, amigo.
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