“A justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o direito, e na outra, a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do direito” - Rudolf Von Ihering



quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O hábito faz o monge!


Um instigante conto de Machado de Assis, como não poderia deixar de ser, trata de um tema muito curioso e próprio da condição humana: a natureza da alma. Machado o denominou: “O espelho – esboço de uma nova teoria da alma humana”. Começa o narrador a afirmar que “Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma que olha de dentro para fora, outra que olha de fora para dentro..”. Comprova-a, contando a história de um jovem alferes da Guarda Nacional que , em férias na casa da tia, no campo, visita-a para satisfazer-lhe o desejo de ver o sobrinho enfardelado. Formou-se um rebuliço no sítio e arredores por conta da chegada do sobrinho com sua farda. Mimado por todos, pela importância do uniforme que carregava . A tia, cheia de zelos e atenções, colocou-lhe no quarto um grande espelho, para que visse a sua imagem vestida da imponência da farda. Aos poucos, dias passando, sua porção interior, esquecida no passado, vem à tona, sobrepondo-se à exterior dominada pela patente. Ao cair-lhe a farda, é espantosa a cena que descreve o enfrentamento do jovem com a imagem refletida no espelho. Sugiro que leiam esse belíssimo e educativo conto, que confirma a máxima de que o hábito faz o monge!

              Clique aqui para ler o conto

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