“A justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o direito, e na outra, a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do direito” - Rudolf Von Ihering



quarta-feira, 28 de julho de 2010

Barrulho de carroça

A alegoria que segue é de autoria (**) desconhecida. Porém, ao final, farei uma pequena adaptação para, mais uma vez, usando e abusando de minha liberdade de expressão, expor que certos indivíduos, pervertidos, ainda assim conseguem transmitir seus princípios.

Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque.

Ele se deteve numa clareira e, depois de um pequeno silêncio, me perguntou:

“Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?”

Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:

“Estou ouvindo um barulho de carroça.”

Isso mesmo, disse meu pai, é uma carroça vazia.

Perguntei ao meu pai:

“Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?”

“Ora”, respondeu meu pai, “é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz!”

Tornei-me adulto e, até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grossura inoportuna, prepotência, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo demonstrar que é a dona da razão e da verdade absoluta, ou sentindo-se melhor que as outras, marrenta, orgulhosa, tenho a impressão de ouvir o meu pai dizendo:

“Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz!”

Quer ver um exemplo, clique aqui e confira.

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