“A justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o direito, e na outra, a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do direito” - Rudolf Von Ihering



quinta-feira, 8 de julho de 2010

(re)Agir


“Eu não posso dizer que houve estupro. Houve a conjunção carnal. Houve o ato. Agora, se foi concedido ou não, se foi na marra eu não posso fazer esse comentário porque eu não estava presente”.

Palavras do delegado Nivaldo Rodrigues, diretor da Polícia Civil na Grande Florianópolis, a respeito da denúncia de estupro feita pela família de uma menor contra dois (ou três) menores. Conferir!

Minha opinião: Não me parece razoável as declarações feitas pelo Dr. Nivaldo Rodrigues. Pelo que entendi, ele só considera estupro se ele estiver presente? Isso partiu de um profissional da área jurídica, acreditem! Até eu, que sou meio bobinho, entendo que laudo é uma peça escrita, fundamentada, na qual os peritos expõem as observações e estudos que fizeram e registram as conclusões da perícia. Será que o competente delegado não sabe disso? Realmente ele não precisa estar presente, basta que ele leia o que os médicos atestaram.

Assim, atrevo-me expor algumas hipóteses para tentar entender essa infeliz declaração feita pelo referido delegado: machismo, corporativismo – quem acessou o link acima sabe do que estou falando –, cinismo ou ocupar o lugar da vítima também é uma hipótese que não deve ser descartada. Dessa forma, segundo sua teoria, fica mais fácil para ele comprovar.

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