Nos últimos tempos, têm sido muitos os casos de violência sexual e domestica contra mulheres no Brasil. Para piorar: em inúmeros, tentam justificar as agressões com base no passado e comportamento das vítimas. Como se isso fosse possível.
Nesse cenário de agressões temos hoje, além da brasileira Eliza Samudio, a iraniana Sakineh Mohammadi Ashitiani, de 43 anos, condenada a ser apedrejada até a morte por uma suposta acusação, sem provas, de ter praticado conjunção carnal com dois homens. Lamentavelmente, é mais um caso onde a mulher é penalizada por princípios ancestrais.
Lá, para se ter uma ideia, os homens acusados dessa mesma prática são enterrados até a cintura, ficando com os braços para fora. Assim, se conseguir desviar as pedras e não vier a óbito, estão livres. Já as mulheres são enterradas até o ombro. Isso significa dizer, sem chance de defesa. Puro machismo exacerbado.
Aqui, não estamos longe dessa realidade. O machismo institucionalizado pode ser detectado no caso do ex-goleiro Bruno. Em entrevista à rádio “CBN”, o Dr. Ércio Quaresma Firpe, advogado de Bruno, ao ser questionado se a vítima seria capaz de abandonar o filho, disse: “Essa moça é atriz pornô, é profissional do sexo.”
Ou seja, pedrada. Se era ou não, ninguém tem nada com isso. O importante é que ela era, acima de tudo, ser humano, mulher e digna de tudo respeito.
Finalizando, refletindo sobre as palavras ditas pelo Dr. Ércio que, não foi e nunca será feliz em colocações preconceituosas, principalmente contra as mulheres, digo uma frase dita pelo Sr. Presidente do Brasil em uma entrevista.
“Universidade dá conhecimento, inteligência é outra coisa.”
Psiu: Dr., considerando que o insigne faltou às aulas de Ética do curso de Direito, sugiro a leitura urgente do excelente livro do Desembargador José Renato Nalini, “Ética Geral e Profissional” – 3. ed. ver. e ampl. – São Paulo: Editora dos Tribunais, 2001.
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