“A justiça sustenta numa das mãos a balança que pesa o direito, e na outra, a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força brutal; a balança sem a espada é a impotência do direito” - Rudolf Von Ihering



quarta-feira, 25 de agosto de 2010

o celular do professor e a teoria do crime

Noite dessas em uma aula de Direito Penal, onde o tema central foi “teoria do crime”, descontraindo um pouco a aula, o professor, que também é Defensor Público, falava sobre os riscos que os acadêmicos (vou limitar-me só a estes!) correm em manifestarem suas opiniões baseado no que tomam conhecimento através da mídia escrita e falada. Salientou ele que o futuros operadores do direito têm que dar suas opiniões – lê-se, parecer – embasado somente no que está nos autos. Pois bem.

Ocorre que em determinado instante desse bate papo o celular de um colega tocou e, com isso, o pacto feito no início do ano foi quebrado. Ou seja, foi pactuado que não deveríamos entre com celular na sala de aula. Mas alguns professores para não serem tão rígidos permitem a entrada desde que no modo silencioso.

Aproveitando o momento, o professor disse que recentemente foi comprar um celular e percorreu várias lojas e não conseguiu encontrar o modelo desejado. Disse também que um colega (Advogado criminalista) teve dificuldade em encontrar o mesmo modelo. Disse mais: que só foi possível o colega encontrá-lo em uma cidadezinha do interior de São Paulo por nome “Álvaro de Carvalho.”

Nesse instante, o professor retomou o assunto da aula. Eu e alguns colegas ficamos apreensivos pelo fato de ser a cidade mencionado pelo professor muito pequena pois conta com pouco mais de três mil habitantes, ou seja, não há lojas na cidade e a população recorre ao comércio das cidades adjacentes.

Eu não fui capaz de perguntar onde o amigo dele conseguiu, nessa cidade, encontrar o celular. Pensei comigo: será que ninguém irá perguntar? Minha estratégia deu certo. Havia um muito mais curioso que eu.

Ele disse: - Professor, queira, por gentileza, nos dizer onde seu amigo conseguiu encontrar o modelo desejado do celular?

O professor respondeu: - Ah, pessoal, desculpem-me, pensei que havia dito. Ele encontrou o modelo desejado lá no “presídio Valentim Alves da Silva.” Disse, ainda, que, além desse modelo, existem outros que ainda não chegaram nas lojas!
  

Um comentário:

Valdecy Alves disse...

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